O carbono, representado pelo símbolo “C” na tabela periódica, é um elemento químico fundamental para a vida. Ele está presente em todos os seres vivos e em diversos materiais que usamos no dia a dia.
Quando falamos em “carbono” no contexto ambiental, geralmente nos referimos ao dióxido de carbono (CO₂), um gás incolor e inodoro, resultado da queima de combustíveis fósseis como petróleo, carvão e gás natural.
Atualmente, o mundo tem sofrido enormes consequências devido à grande produção de CO₂, proveniente de queimadas, desmatamentos e do setor agropecuário.
Diante desse cenário, têm sido desenvolvidas diversas estratégias governamentais para diminuir a emissão de gás carbônico, como o Acordo de Paris, cujo principal objetivo é reduzir os impactos ambientais causados pelo homem, especialmente o aquecimento global.
O que é CO₂?
Como vimos no início, o carbono é um elemento essencial para a vida, pois faz parte da composição de moléculas orgânicas, como proteínas, lipídios e carboidratos, que são a base de todos os seres vivos.
Quando o carbono se combina com o oxigênio, forma o dióxido de carbono (CO₂), ou gás carbônico, um composto químico que desempenha um papel fundamental no ciclo do carbono e no equilíbrio do planeta. O CO₂ é absorvido pelas plantas durante a fotossíntese e liberado durante a respiração de seres vivos e a queima de combustíveis fósseis.
Com o desenvolvimento da Revolução industrial no final do século XVIII, houve um aumento significativo na emissão de carbono na atmosfera devido à queima em larga escala de combustíveis fósseis e, consequentemente, esse nível só foi crescendo no decorrer dos anos.
Esse aumento da concentração de CO₂ na atmosfera traz diversos impactos negativos para o planeta que veremos mais adiante, como o aumento da temperatura global, a acidificação dos oceanos e as mudanças climáticas. Portanto, a redução das emissões de CO₂ e a adoção de medidas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas se tornaram uma grande preocupação global.
E o que é a pegada de carbono?
A pegada de carbono é uma medida que indica a quantidade de emissões de gases de efeito estufa, emitida direta e indiretamente durante atividades humanas, como a geração de energia, transportes, agricultura, indústrias, entre outras.
Veja o vídeo em nosso Instagram que explica o efeito estufa
Essa medida é importante para entendermos o impacto das nossas ações no meio ambiente e nas mudanças climáticas e pode ser associada a um indivíduo, organização, evento ou produto. Quanto maior a pegada de carbono, maior o impacto dessas atividades no aquecimento global e nas alterações climáticas.
A emissão de carbono no dia a dia
Infelizmente, o CO₂ está presente em praticamente tudo que fazemos. Desde o momento em que ligamos a luz pela manhã até o trajeto que fazemos para o trabalho, estamos contribuindo para a emissão de gás carbônico.
Algumas das principais fontes de emissão de carbono incluem:
1. Transporte: a queima de combustíveis fósseis nos motores de carros, ônibus, caminhões e aviões liberam grandes quantidades de CO₂ na atmosfera. Embora o uso de transporte público seja mais sustentável que o uso de carros individuais, ainda depende parcialmente de combustíveis fósseis. Já os aviões são os um dos maiores emissores de CO₂ por passageiro devido ao alto consumo de combustível.
2. Eletricidade e aquecimento: a produção de energia elétrica, principalmente a partir de combustíveis fósseis (carvão, gás natural), é uma das maiores fontes de emissões de CO₂. Aquecemos nossas casas, cozinhamos, usamos eletrodomésticos, tudo isso demanda energia e, consequentemente, gera emissões.
3. Alimentação: a criação de animais para consumo, especialmente a produção de carne bovina, envolve desmatamento, uso de fertilizantes e emissões de metano pelo gado. Além disso, o desperdício de alimentos descartados em aterros sanitários libera metano, outro potente gás de efeito estufa.
4. Consumo excessivo e estilo de vida: a produção de diversos bens, desde roupas e alimentos até carros e eletrônicos, envolve processos que emitem CO₂, principalmente produtos com embalagens plásticas. O descarte incorreto de lixo também impede o reaproveitamento e reciclagem, contribuindo para as emissões.
Para ter uma ideia, em 2020, durante o pico do isolamento social pela pandemia de Covid-19, houve a maior queda nas emissões globais de CO₂ na história desde a Segunda Guerra Mundial, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA).
Parece que estamos cercados, não é? É claro que não é possível evitar todas as nossas emissões do dia para a noite, mas ainda há diversas mudanças de hábito e medidas que podemos tomar para reduzir nossa pegada de carbono e contribuir para um futuro mais sustentável.
Por que reduzir a emissão de CO₂?
Apesar de o dióxido de carbono ser um elemento natural do ciclo do carbono, a atividade humana tem aumentado significativamente o volume desse gás na atmosfera. A natureza não consegue absorver toda essa quantidade emitida, o que leva a um aumento da concentração atmosférica de CO₂ em todo o mundo, trazendo diversos malefícios para o planeta.
O aumento da concentração de CO₂ na atmosfera faz com que os raios solares refletidos da superfície terrestre sejam parcialmente retidos, aquecendo o planeta. Esse aquecimento, conhecido como efeito estufa, torna as condições de vida cada vez mais difíceis para diversas espécies, fazendo com que o planeta entre em desequilíbrio.
Para ficar mais claro, se liga nesse exemplo: imagine a atmosfera como um cobertor que envolve a Terra, mantendo uma temperatura agradável para a vida. O CO₂ nesse caso age como um isolante nesse cobertor, impedindo que o calor da Terra seja liberado. Quanto mais CO₂ emitimos, mais “grosso” esse cobertor fica, desequilibrando o clima do planeta.
Então, ao reduzirmos as emissões de CO₂, estamos contribuindo diretamente para a diminuição do efeito estufa e, consequentemente, para a desaceleração das mudanças climáticas. Isso é essencial para preservar o nosso planeta, além de beneficiar a economia mundial e a saúde humana, uma vez que os impactos da alta concentração desse gás podem ser significativos.
Quais os principais impactos ao diminuir a emissão de CO₂?
Como vimos, do mesmo modo que o gás carbônico faz parte da natureza, a sua produção em altos níveis pode acarretar vários problemas, principalmente para a vida no planeta. Por isso, ao diminuirmos nossa pegada de carbono, podemos esperar:
Amenizar o efeito estufa
O CO₂ é um dos gases responsáveis pelo efeito estufa, um fenômeno natural que mantém o planeta aquecido, essencial para manutenção da vida na Terra
Parte da irradiação solar que chega ao planeta é refletida de volta ao espaço e parte é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera, os chamados gases do efeito estufa. No entanto, o excesso de CO₂ na atmosfera intensifica esse efeito, prendendo mais calor na Terra e levando ao aquecimento global.
Ao reduzirmos as emissões, podemos desacelerar esse processo e evitar consequências desastrosas, como o derretimento das geleiras, a elevação do nível do mar, alterações climáticas extremas e impactos negativos sobre os ecossistemas e a biodiversidade.
Diminuir a acidez dos oceanos
Os oceanos desempenham um papel importante no ciclo do carbono, absorvendo uma grande quantidade de CO₂ da atmosfera. Essa absorção, embora ajude a mitigar o aquecimento global, causa a acidificação dos oceanos, um processo extremamente perigoso que pode ter graves consequências para a vida marinha.
O processo de acidificação dos oceanos ocorre da seguinte forma: quando o CO₂ da atmosfera se dissolve na água do mar, forma-se ácido carbônico (H₂CO₃), que se dissocia em íons carbonato (CO₃²⁻) e íons hidrogênio (H⁺). O aumento da concentração desses íons H⁺ torna a água mais ácida, diminuindo o pH dos oceanos.
Estudos indicam que, ao longo da história, aproximadamente 30% do CO₂ emitido pelas atividades humanas foi absorvido pelos oceanos. Esse processo de acidificação é particularmente prejudicial para organismos marinhos que dependem de carbonato de cálcio para construir suas conchas e esqueletos, como corais e moluscos. Esses organismos têm dificuldade em formar e manter suas estruturas em um ambiente mais ácido.
A acidificação dos oceanos é considerada uma das principais ameaças aos ecossistemas marinhos, podendo levar à perda de biodiversidade e colapso de cadeias alimentares até o final deste século, caso as emissões de CO₂ não sejam significativamente reduzidas.
Proteger a biodiversidade
As mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global representam uma grave ameaça à biodiversidade. O aumento da temperatura e as alterações nos padrões de precipitação afetam diretamente os ecossistemas e a vida selvagem.
Muitas espécies possuem dificuldade em se adaptar a essas mudanças rápidas e abruptas, podendo enfrentar desafios significativos para sua sobrevivência. Isso aumenta o risco de extinção de várias espécies, especialmente aquelas com nichos ecológicos mais restritos ou que dependem de condições climáticas específicas.
A perda de biodiversidade tem consequências devastadoras, pois os ecossistemas saudáveis e equilibrados são essenciais para a manutenção dos serviços ambientais dos quais a humanidade depende, como a regulação climática, a produção de alimentos, a purificação da água e a polinização de culturas.
Por isso, a proteção da biodiversidade deve ser uma das prioridades no combate às mudanças climáticas, por meio de ações que visem a conservação de habitats e a promoção de práticas sustentáveis de uso dos recursos naturais.
Melhorar a saúde humana
A queima de combustíveis fósseis não libera apenas gás carbônico, mas também outros poluentes, como material particulado e óxidos de nitrogênio, que prejudicam a qualidade do ar e nossa saúde respiratória.
Em geral, algumas partículas mais grossas desse gás podem provocar incômodos como irritação nos olhos, narinas, além de facilitar o desenvolvimento de doenças como gripe, rinite alérgica, bronquite, asma, entre outros. As partículas mais finas, que penetram profundamente no sistema respiratório, estão associadas a doenças mais graves, como câncer de pulmão e pneumoconiose.
Além disso, a poluição do ar também está relacionada a outras condições de saúde, como doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral e até diabetes.
Diminuir a emissão de carbono significa respirar um ar mais limpo e, consequentemente, viver uma vida mais saudável.
Economia mais sustentável
Investir em energias renováveis e em tecnologias que reduzem as emissões de gases de efeito estufa, não é apenas bom para o planeta, mas também traz vantagens econômicas. Essas iniciativas geram empregos, impulsionam a inovação tecnológica e criam um modelo de desenvolvimento mais sustentável e resiliente.
Além de que, as regulamentações ambientais estão se tornando cada vez mais rigorosas, tanto em nível nacional quanto internacional. Isso pode aumentar os custos de conformidade e reduzir a competitividade das empresas que não adotam práticas sustentáveis.
Por outro lado, empresas que incorporam ações de sustentabilidade, como as práticas de ESG (Ambiental, Social e Governança), tendem a ser mais atrativas para investidores e consumidores, além de estarem melhor preparadas para enfrentar os desafios futuros.
Como reduzir a sua emissão de carbono com energia renovável
Além de tudo o que vimos, a adoção de práticas mais sustentáveis também pode representar economias financeiras a longo prazo. Muitas soluções de baixo carbono, como o uso de energias renováveis, acabam sendo mais baratas do que os combustíveis fósseis.
Para as empresas que desejam compensar suas emissões de carbono, a Auren, maior comercializadora de energia renovável no Brasil, oferece soluções ideais, como a aquisição de certificados I-REC. Cada certificado representa uma quantidade específica de energia renovável que sua empresa pode declarar como consumida, demonstrando seu compromisso com a sustentabilidade e proporcionando um diferencial competitivo.
Além disso, com a Auren você pode compensar as suas emissões. Reduzir e compensar é fundamental para frear as mudanças climáticas e garantir um desenvolvimento sustentável para o planeta. Saiba mais em: carbono.aurenenergia.com.br
A Flora também oferece soluções sustentáveis para quem deseja ter acesso à energia limpa e acessível em casa, no apartamento ou negócio. Você pode receber até 25% de desconto na sua conta de luz, e ainda contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa sem precisar mudar de distribuidora de energia. Nada de caro ou complicado, viu?
Juntos podemos iluminar o caminho rumo a um futuro mais brilhante. Vem com a Flora que a gente te mostra como!